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Diabetes e psoríase: qual a relação?

Existe um risco aumentado em vir a desenvolver diabetes nas pessoas com psoríase. Hoje, vamos descobrir mais sobre esta doença e a sua relação com a diabetes.

A diabetes está associada a complicações em vários órgãos do nosso corpo, inclusivamente a pele. Tal acontece porque a hiperglicemia (o excesso de «açúcar» no sangue) prejudica as células da pele, tornando-a mais frágil, suscetível a lesões ou infeções por bactérias e fungos.

 

É importante, caso tenha alguma alteração na sua pele ou dúvidas sobre a diabetes e a psoríase, que discuta com o seu médico.

A relação entre a diabetes e a psoríase

Recentemente, tem sido demonstrada uma relação entre a psoríase e o risco de desenvolver diabetes e problemas cardiovasculares.

 

A razão para as pessoas com psoríase terem um risco aumentado de vir a desenvolver diabetes está ainda por esclarecer. Atualmente, pensa-se que os diferentes fenómenos inflamatórios que ocorrem na psoríase podem afetar a resposta do organismo à insulina sanguínea.

 

A psoríase parece diminuir a capacidade corpo em perceber que essa mesma insulina lá está. Se a insulina (responsável pela entrada da glicose nas células para produzam energia) não é percebida pelo organismo, os níveis de glicemia podem aumentar para lá dos valores de referência (hiperglicemia ou excesso de glicose no sangue), o que significa um risco de vir a ter diabetes.

 

Para combater esta tendência, quem tem psoríase e/ou diabetes deve adotar um estilo de vida saudável, com uma alimentação equilibrada e prática regular de exercício físico.

 

Para compreendermos melhor a psoríase, vamos falar um pouco sobre ela!

 

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O que é a psoríase?

A psoríase é uma condição crónica caracterizada por um estado inflamatório da pele, que também pode afetar as unhas e as articulações (com menos frequência). Ocorre normalmente antes dos 40 anos e é devido a uma mistura de fatores genéticos e autoimunes (uma reação do organismo sobre ele próprio).

 

Existem vários tipos de psoríase e, apesar de a maior parte das pessoas ter apenas 1 tipo, é possível ter manifestações de vários tipos da doença em simultâneo.

Quais são os sintomas?

Na psoríase, a renovação da pele está acelerada, ocorrendo em apenas alguns dias (quando deveria demorar 21 a 28 dias). Como resultado, da acumulação de células da pele, formam-se “placas psoriásicas”.

 

O sintoma clássico é, assim, o aparecimento de placas avermelhadas e descamativas na pele, podendo ter tons prateados. Estas placas podem causar comichão, principalmente na zona das articulações, tronco, couro cabeludo e nádegas.

Como se faz o diagnóstico?

Na psoríase faz-se um diagnóstico clínico. Ou seja, pelo facto de as lesões serem tão características, o médico de família ou o dermatologista podem diagnosticar sem recorrer a outros exames, nomeadamente à biópsia da pele. Tal exame só é realizado nos casos em que as lesões suscitam dúvidas. Através da biópsia, é então possível ter a certeza.

Qual o tratamento?

Sendo uma doença crónica, não existe cura para a psoríase. O tratamento consiste em medidas para atenuar os sintomas, que passam por:

 

  • Hidratar a pele com emolientes e apanhar sol (sempre com protetor solar!);
  • Colocar pomadas ou cremes com medicamentos corticoides e substâncias da família da vitamina D;
  • Tomar medicamentos biológicos ou recorrer à fototerapia (reservados para os casos mais graves).
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Referências
  • National Health System UK (NHS)

  • Lima AL, et al., 2017.

  • Wan MT, et al., 2018.

  • Mamizadeh M, et al., 2019.

  • Dynamed

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