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Diabetes mellitus: o glossário

Há muitos termos utilizados no universo da diabetes: será que sabe o que todos significam? Fique a conhecer a linguagem comum desta doença.

Navegue pelo glossário e descubra se conhece, ou ainda não, os termos mais usados sobre a diabetes mellitus.

 

Alimentação

 

É essencial para o controlo da diabetes mellitus, já que permite manter os níveis de glicemia estáveis ao longo de todo o dia.

 

Controlo da glicemia na diabetes mellitus

 

Segundo a International Diabetes Federation (IDF), é recomendável que os diabéticos façam o controlo da glicemia em jejum (devendo o valor ser inferior a 115mg/dL) e igualmente 2 horas após as refeições (neste caso, com valores indicativos abaixo dos 160mg/dL). Em qualquer caso, a glicemia não deve descer abaixo dos 70mg/dL em nenhuma altura do dia.

 

Diabetes mellitus

 

Num organismo saudável os níveis de glicose no sangue são mantidos estáveis graças à produção de insulina. Pelo contrário, a diabetes mellitus caracteriza-se pela incapacidade de o pâncreas produzir insulina.

 

Diabetes tipo 1 

 

As suas causas não são totalmente conhecidas. Contudo, é sabido que, neste caso, é o próprio sistema imunitário que ataca células saudáveis do organismo. A diabetes mellitus tipo 1 surge, então, quando as células beta do pâncreas deixam de conseguir produzir insulina, na sequência de uma destruição massiva destas células pelo próprio organismo.

 

Neste caso, não está relacionada com estilos de vida pouco saudáveis e é mais comum, geralmente, em crianças e jovens.

 

Diabetes tipo 2

 

Já a diabetes mellitus tipo 2 é a forma mais comum da diabetes e tem na origem num desequilíbrio no metabolismo da insulina. Tem como fatores de risco a obesidade, o sedentarismo e ainda a predisposição genética. Na diabetes tipo 2, o organismo tem défice e resistência à insulina, sendo por isso necessária uma maior quantidade de insulina para a mesma quantidade de glicose no sangue.

 

Diabetes gestacional 

 

Ocorre durante a gravidez em mulheres que anteriormente não sofriam da doença. Tem tendência a desaparecer com o final da gravidez. Contudo, caso não controlem os fatores de risco, estas mulheres têm maior probabilidade de, posteriormente, desenvolverem diabetes tipo 2.

 

Se não for  diagnosticada e tratada, a diabetes gestacional pode originar problemas para a grávida e para a criança, com um maior risco de aborto espontâneo e bebés com excesso de peso à nascença.

 

Diário da diabetes

 

É fundamental que o doente diabético monitorize e registe, todos os dias, os altos e baixos da sua glicemia. Deve, por isso, anotá-los num diário que o ajudará, em conjunto com o seu médico, a manter os níveis controlados.

 

Exercício físico

 

É recomendado para um estilo de vida saudável de toda a população, incluindo a que sofre de diabetes. O exercício físico vai aumentar a ação da insulina, ou seja, faz com que a glicose saia da corrente sanguínea e leva à diminuição dos níveis de glicemia.

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A diabetes e o ginásio: os cuidados a ter

Glicemia

 

É o termo usado para designar o nível de glicose no sangue. Quando comemos bastante a glicemia aumenta enquanto se comemos menos, a glicemia diminui.

 

Glicose

 

Ao ingerirmos alguns hidratos de carbono, o organismo vai transformá-los em glicose. A glicose é um monossacarídeo utilizado pelas células como fonte de energia. Contudo, é necessária a ação da insulina para que a glicose entre nas células. Os níveis normais de glicose no sangue rondam os 80 mg/dL. Estes valores podem aumentar até aos 140 mg/dL após uma refeição principal embora, num organismo saudável, voltem a descer naturalmente.

 

Hipoglicemia 

 

Diz respeito à redução dos níveis de glicemia. Provoca sintomas como fadiga, tremores, assim como suores, os quais só desaparecem quando os níveis de glicose são repostos. A hipoglicemia pode surgir em situações de maior atividade física, por exemplo.

 

Hiperglicemia

 

Acontece quando os níveis de glicemia se apresentam demasiado elevados. Nesta situação, o pâncreas é estimulado para produzir mais insulina para que a glicose seja eliminada da corrente sanguínea para as células.

 

A hiperglicemia pode levar à desidratação grave – e em casos extremos ao coma. Tem como sintomas iniciais a sede persistente, a necessidade de urinar com frequência e a visão turva. Pode surgir igualmente em ocasiões em que o indivíduo comeu mais ou em situações de maior sedentarismo.

 

Horário

 

A manutenção de um horário regular no que toca à alimentação e ao exercício físico é crucial, pois ajuda a manter os níveis de glicemia em valores normais.

 

Insulina

 

Produzida pelo pâncreas, é a hormona responsável pela redução da glicemia, ao garantir a entrada da glicose nas células. Para o conseguir, a insulina liga-se à célula abrindo uma espécie de «porta» por onde entra a glicose.

 

Insulinodependente

 

Quando o pâncreas deixa de funcionar, os doentes necessitam da terapêutica com insulina diariamente. É uma condição que os vai acompanhar para o resto da vida e está geralmente associada à diabetes tipo 1.

 

Lesão renal

 

Níveis elevados de hiperglicemia, associados à hipertensão arterial (condições que por norma afetam a população diabética), podem conduzir ao desenvolvimento de doença renal, com os rins a terem cada vez mais dificuldade em filtrar o sangue. Isto porque a filtragem do sangue é essencial para a remoção das toxinas, que são depois expelidas na urina.

 

Pacotinho de açúcar

 

Um doente com diabetes mellitus tipo 1 deverá ter sempre consigo hidratos de carbono (pacotinho de açúcar ou rebuçado). Esta medida é essencial pois permitirá repor os níveis de glicemia numa situação de hipoglicemia.

 

Pâncreas

 

Glândula que tem entre 15 a 25 centímetros e fica localizada por trás do estômago, entre o duodeno e o baço. É parte integrante dos sistemas digestivo e endócrino e tem como função fundamental a produção de enzimas (proteínas que aumentam a rapidez das transformações químicas). É o pâncreas que produz a insulina.

 

Pé diabético 

 

É uma das complicações mais graves da diabetes. Muitos doentes com diabetes sofrem lesões ao nível dos nervos, que se acentuam nas pernas e pés causando, nomeadamente, perda de sensibilidade. Estas lesões, em conjunto com problemas circulatórios e infeções, podem gerar problemas mais graves, já que a pele tem mais dificuldades de cicatrização. Em casos extremos, estas complicações podem resultar na amputação de parte do membro inferior. Todos os anos são feitas cerca de 1600 amputações relacionadas com a diabetes.

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Acha que sabe como prevenir o pé diabético?

 

Pequeno-almoço

 

Importante para todas as pessoas saudáveis, a refeição da manhã é igualmente imprescindível no caso dos diabéticos para estabilizar os níveis de açúcar no sangue.

 

Referências
  • Revista pH

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