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O que é a cetose diabética

A cetoacidose diabética é uma complicação da diabetes que deve conhecer. Hoje, explicamos-lhe a sua origem, sintomas e como prevenir.

A cetose diabética (ou cetoacidose diabética) é uma complicação que advém diretamente da hiperglicemia, isto é, da concentração demasiado elevada de açúcar no sangue que faz com que aí surjam no corpo substâncias nocivas chamadas corpos cetónicos. 

 

É mais comum na diabetes tipo 1 e manifesta-se por sintomas como, por exemplo, hálito com odor frutado, característico da presença desses mesmos corpos cetónicos. A cetose diabética pode ter consequências graves quando não tratada. As boas notícias? É que pode ser prevenida!

O que acontece no corpo?

Na diabetes, principalmente na diabetes tipo 1, existe no corpo uma deficiência em insulina, uma hormona produzida pelo pâncreas que é fundamental para a regulação dos níveis de açúcar no sangue. Ora todo o corpo funciona em equilíbrio: se há uma hormona em baixa concentração, haverá sempre a produção de outras hormonas em excesso. 

 

A mistura de concentrações demasiado elevadas de certas hormonas – como o glucagon e o cortisol – com a baixa concentração de insulina faz como que zonas do corpo que, pela ação da insulina costumam degradar os açúcares, passem a degradar antes gorduras. 

 

É este “queimar de gordura” para produzir energia (por indisponibilidade dos açúcares que costuma fazer essa função) que acaba por produzir corpos cetónicos. Isto põe em causa o normal equilíbrio do sangue: estes corpos acumulam-se aí e tornam-no mais ácido (o pH fica mais baixo do que os normais valores de 7,35-7,45).

 

Essa acidez pode originar um desequilíbrio generalizado que pode levar ao chamado coma diabético (perder os sentidos por um longo período de tempo) ou, em situações de maior gravidade, pode mesmo levar à morte.

Origens da cetose diabética…

3 razões principais para ocorrer cetose diabética. 

 

Muitas vezes, pode estar associada uma falha na terapêutica com insulina em que o doente não injetou o suficiente ou o corpo precisa mais do que seria normal. Daí ser mais comum na diabetes tipo 1 (ainda que possa acontecer, mais raramente, na diabetes tipo 2), em que os doentes têm de medicar-se com a hormona em falta, muitas vezes desde pequenos. 

 

Outras vezes pode surgir como derivada de um erro alimentar. Por exemplo, quando o doente diabético está doente e tem menos vontade de comer, ou quando falha uma refeição. 

 

Numa terceira hipótese, o doente acorda de manhã e percebe que está com níveis elevados de corpos cetónicos – significa que, enquanto dormia, ocorreu uma reação à insulina que tomou. 

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A diabetes tem cura?

… e principais sinais de alarme

Os principais sinais, a que o doente deve estar a atento são:

 

  • Sede excessiva ou boca muito seca;
  • Vontade permanente de urinar;
  • Hálito com odor frutado, característico da presença de corpos cetónicos;
  • Cansaço constante;
  • Dificuldade em respirar;
  • Perda inexplicável de peso;
  • Pele corada;
  • Alterações da consciência como confusão, desorientação ou incapacidade para manter a atenção;
  • Náuseas, vómitos ou dor abdominal.

 

Atenção! As náuseas e os vómitos podem ser manifestações de outros problemas e não se devem necessariamente a uma cetoacidose. No entanto, se os vómitos persistirem por mais de 2 horas, contacte com urgência o seu médico – esta manifestação pode ser um sinal grave da cetoacidose e colocá-lo em perigo de vida. 

Como saber se há corpos cetónicos em circulação?

O teste aos copos cetónicos pode ser feito em casa através de umas tiras especiais que pode usar para analisar a urina. Deve testar a presença dos mesmos da seguinte forma:

 

  • As recomendações sugerem que sempre a glicemia estiver acima de 240 mg/dl dever fazer o teste – ainda assim, siga o conselho do médico para que ajuste ao seu caso esta periodicidade.

 

  • Sempre que estiver doente, constipado ou com gripe, por exemplo, o teste deve ser feito de 4 em 4 ou de 6 em 6 horas. 

 

  • Deve também fazer o teste sempre que observar sintomas da doença que podem ser indicativos de cetose diabética.

 

O médico dir-lhe-á que níveis de cetoacidose deve considerar perigosos e a partir dos quais deve procurar ajuda. Se não tem essa informação, contacte o médico se os níveis estiverem elevados, em especial se a glicemia estiver também elevada ou existirem sintomas de vómitos persistentes (como visto antes). Na cetoacidose diabética, que pode significar que a diabetes não está controlada, o exercício físico está completamente desaconselhado. 

Prevenção 

A cetose diabética, que pode trazer consigo muitos problemas, pode ser prevenida através da implementação de hábitos simples no dia a dia do doente, como beber muitos líquidos. 

 

A medição de corpos cetónicos na urina, de acordo com as recomendações, e o contacto com o médico sempre que se justifique podem também ajudar a que condição não seja tão grave. 

 

Assim, pode ser possível evitar ter de tratar esta complicação. Por outro lado, o tratamento tem de ser feito em ambiente hospitalar.

 

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Diabetes: da prevenção ao tratamento

 

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Referências
  • Farmácias Portuguesas

  • American Diabetes Assotiation (ADA)

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