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Os sintomas da diabetes tipo 2 explicados

São vários os sintomas da diabetes tipo 2 conhecidos, mas afinal, porque acontecem? O que acontece no organismo? Descubra todos os porquês!

Há um conjunto de sintomas da diabetes tipo 2 que são mais ou menos conhecidos pela população. O que talvez nunca se pensa é no que está na origem desses mesmo sintomas. Ou seja, as causas fisiológicas, relacionadas com os processos bioquímicos do próprio corpo, que estão na sua origem.

 

Esses processos são, muitas vezes, espoletados pela presença de níveis modificados de glicemia (quantidade de açúcar no sangue), alta ou baixa. No entanto muitas vezes também partem de outras condições que os doentes diabéticos são propensos a ter.

Compreender os sintomas da diabetes tipo 2

Sintoma #1 – Fome

 

A fome é um sintoma comum na diabetes tipo 2. Na doença, quando os níveis de glicose se mantêm anormalmente elevados (hiperglicemia), o açúcar do sangue não consegue entrar nas células – seja porque não há insulina disponível suficiente, seja porque a insulina lá está, mas o corpo resiste à sua ação. Ora, se isto acontece o corpo torna-se incapaz de converter o açúcar (dado pelos alimentos que consumimos todos os dias) em energia.

 

E apesar de o açúcar no sangue não faltar, como o organismo não o consegue utilizar, começa a haver falta de energia que vai ser responsável pela sensação de fome. Afinal, a fome não é mais do que o organismo a sinalizar que precisa de energia.

 

Sintoma #2 – Necessidade frequente de urinar

 

Outro dos sintomas associados à diabetes tipo 2 é a necessidade frequente de urinar. A explicação prende-se com o trabalho adicional que os rins têm de ter para se livrar da quantidade extra de açúcar no sangue. Quando se dá esta hiperglicemia, o organismo tenta fazer essa remoção através dos rins. Estes ao trabalharem, começam também a filtrar mais água do sistema do que seria normal. Conclusão? Uma maior necessidade de urinar devido à necessidade de libertar a água que se acumula na bexiga durante o processo.

 

Sintoma #3 – Boca seca

 

Sentir a boca seca pode ser uma consequência da necessidade frequente em urinar. Ao ir mais vezes à casa de banho, se não repuserem essa água com a regularidade devida, é normal que os doentes diabéticos comecem a entrar em desidratação. Esta desidratação vai secar os lábios e a boca, daí a sensação de boca seca que é normal na diabetes tipo 2 (e também na diabetes tipo 1, já agora). Claro que o sintoma não é exclusivo da doença, mas está efetivamente presente. Além da desidratação, certos medicamentos para a diabetes podem provocar a sensação de boca seca, bem como a tensão arterial elevada (um fator que está muitas vezes associado aos doentes com diabetes tipo 2).

 

Sintoma #4 – Perda de peso sem razão aparente

 

Outro dos sintomas que está relacionado com a necessidade frequente em urinar é a perda de peso. De forma simples, quando o açúcar é eliminado várias vezes na urina, o corpo também estará a perder calorias – daí muitas vezes a perda de peso, mesmo que o doente esteja a fazer uma alimentação normal. Mas esta não é a única razão: a falta de energia, que como visto acima tem que ver com a ineficácia do doente diabético em colocar a glicose dentro das células para que estas a possam usar como fonte de energia. Isto faz com que, para compensar, o organismo, que pensa estar a «morrer à fome», comece a queimar gordura e músculo para equilibrar essa perda de energia. Naturalmente, isto leva à perda de peso.

 

Sintoma #5 – Fadiga/Cansaço

 

A fadiga e o cansaço são sintomas da diabetes tipo 2 provocados por alterações ao nível do músculo. A diminuição da insulina presente faz com que a quantidade de energia do organismo fique àquem. Nessa altura, o corpo utiliza antes a gordura corporal para obter essa energia – isto depois de as reservas de glicose serem também elas utilizadas. Nessa altura, nas células que compõem os músculos, uma molécula chamada de ATP deixa de ser produzida. A diminuição em circulação dessa molécula, que é conhecida por ser a molécula da energia no nosso corpo, faz com que as células do músculo tenham menos energia e que depois o próprio corpo percecione a sua ausência como fadiga e cansaço.

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Prevenção das complicações oculares na diabetes

Sintoma #6 – Visão turva

 

Os sintomas oculares devidos à diabetes tipo 2 podem ser de 2 tipos: a longo e a curto prazo. Os efeitos a longo prazo prendem-se com o facto de o aumento dos níveis de açúcar no sangue durante muito tempo lesar pequenos vasos sanguíneos, nomeadamente nos olhos, levando a problemas numa porção do olho chamada de retina. Estas lesões levam a uma visão turva.

 

A curto prazo, estes sintomas podem desaparecer com a regularização dos níveis de glicose e são motivados por fatores totalmente diferentes: na diabetes tipo 2 há líquido do próprio corpo que se pode mover para dentro e para fora do olho, fazendo com que uma outra porção do mesmo inche, uma região chamada de cristalino. Este inchaço do cristalino provoca visão turva porque é esta a porção do olho responsável por captar a luz. A alteração da sua forma pelo inchaço faz com que essa captação seja deficiente e, por isso mesmo, a visão fique enublada.

 

Sintoma #7 – Infeções e feridas que não cicatrizam

 

Um dos sintomas da diabetes tio 2 são as infeções que demoram mais a passar e as feridas que demoram a sarar. São características comuns na diabetes tipo 2 a que é necessário ter a máxima atenção, até para evitar problemas mais graves. Porque acontece? Em linhas gerais, porque na diabetes os níveis elevados de açúcar no sangue conduzem a uma diminuição na velocidade do fluxo sanguíneo – logo, as células que combatem a infeção demoram mais a chegar ao local. O mesmo acontece com as partículas responsáveis por cicatrizar feridas.

 

Além disso, a presença de glicose elevada, ao privar as células de energia, faz com que elas não funcionem corretamente e, por isso, funções como o cicatrizar de feridas ficam seriamente comprometidas. Ainda relacionado com o aumento das infeções, está também o facto de as bactérias responsáveis preferirem alojar-se em ambientes com elevada concentração de açúcar.

 

Referências
  • WebMD

  • Diabetes UK

  • Medical News Today

  • Healthline

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