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Pé diabético: uma complicação comum da diabetes

O pé diabético é uma das complicações mais frequentes da diabetes, mas será que sabe ao certo o que é?

As pessoas com diabetes podem desenvolver um conjunto de complicações nos pés, conhecidas na sua generalidade por «pé diabético». Estas podem decorrer de lesões nos nervos, alterações na circulação sanguínea das extremidades dos membros inferiores, assim como de deformidades nos pés e respetivos dedos. Contudo, por vezes, problemas que parecem simples podem ter consequências mais sérias, como o aparecimento de úlceras ou, em casos extremos, levar à amputação.

Qual o impacto do pé diabético?

Em primeiro lugar, o pé diabético é considerado uma das complicações mais graves da diabetes. Estima-se também que cerca de um quarto de todas as pessoas com diabetes tenha condições favoráveis ao aparecimento de lesões nos pés.

 

Além disso, a diabetes é um dos principais motivos de ocupação de camas de hospital por períodos prolongados. E é também responsável por um número elevado de amputações por causas que não sejam traumas. Em Portugal, em 2015, o número de pessoas internadas devido a pé diabético foi de cerca de 1643 casos, tendo-se estimado 1250 amputações dos membros inferiores por motivo de diabetes, apesar de se verificar uma diminuição grande face a anos anteriores.

Por que as surgem as complicações nos pés?

O pé diabético surge normalmente como consequência de neuropatia diabética, ou seja, de danos nos nervos que conduzem a dor, sensação de picadas, formigueiro ou queimadura. Ao longo do tempo, surge igualmente perda de sensibilidade à dor e às variações de temperatura. Isto é, muitas vezes o doente não se apercebe de um dano no pé por não sentir dor: isso traduz-se, por exemplo, em não retirar logo o pé de água quente, não sentir uma bolha de fricção ou se ferir o pé com calçado apertado.

 

Alterações na circulação de sangue do pé fazem com que possíveis ferimentos sejam mais difíceis de cicatrizar e que exista uma maior propensão para infeções.

 

Por outro lado, os diabéticos têm tendência para que a pele dos pés seja mais seca do que o normal, com tendência a abrir fissuras. Isto acontece porque os nervos que controlam a secreção de gordura na pele do pé não estão a funcionar normalmente. O desenvolvimento de calos é também comum, assim como, mais uma vez devido à neuropatia, um formato alterado dos pés e dos dedos.

 

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Acha que sabe como prevenir o pé diabético?

O que fazer para prevenir o pé diabético?

  • Tome medidas quanto aos fatores que podem agravar a condição dos pés, como, por exemplo, valores de glicemia não controlados, fumar ou, igualmente, presença de doença arterial periférica (obstrução da circulação sanguínea devido aterosclerose);

 

  • Cuide dos seus pés e inspecione com frequência a sua condição (deformações, calos, feridas, infeções). Use calçado adequado, seque e hidrate a pele muito bem após a sua higiene. Além disso, cuide de possíveis calos e unhas com a ajuda de profissionais;

 

  • Cerca de metade dos doentes com neuropatia têm sintomas: se os doentes forem capazes de os reconhecer, ao mesmo tempo que têm cuidados preventivos, o risco de lesão poderá ser reduzido. Por isso, esteja atento!

 

  • Está demonstrado que o rastreio sistemático do pé diabético leva a uma diminuição importante do número de amputações dos membros inferiores, como uma melhoria comprovada da qualidade de vida. Procure informar-se sobre os mesmos junto do seu centro de saúde.

 

  • O exame periódico ao pé inclui a avaliação da condição da pele, deformações do pé, sensibilidade e circulação sanguínea.
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O que é a neuropatia diabética?

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Referências
  • Boulton, et al., 2018

  • Sociedade Portuguesa de Diabetologia (SPD)

  • American Diabetes Association (ADA)

  • Direção-Geral de Saúde (DGS)

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